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Verdades que comprovam nossa eleição

Gostamos de exibir a nossa intelectualidade doutrinária. Todavia, quase sempre o eco do que falamos fica distante do que fazemos. Penso que temos sido regidos pelo exibicionismo doutrinário. A doutrina da eleição exemplifica o ponto aqui. Muitos utilizam a doutrina da eleição para se gabar da sua superioridade doutrinária, esnobam os outros, fazem chacota e escarnecem de quem ainda não a compreendeu.

Porém, existe uma falta de compasso entre o que é verbalizado com o que é praticado. A doutrina da eleição é bíblica, não resta dúvida. Ela é consoladora e gloriosa. Por isso, ela precisa mesmo ser verbalizada e ensinada, mas também precisa ser comprovada pelos seus frutos. Não devemos apenas propalar um exibicionismo doutrinário intelectual sem embelezar a verdade com a vida. O que comprova nossa eleição?

𝗣𝗿𝗶𝗺𝗲𝗶𝗿𝗼, 𝗮 𝗲𝗹𝗲𝗶𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗲́ 𝗰𝗼𝗺𝗽𝗿𝗼𝘃𝗮𝗱𝗮 𝗽𝗲𝗹𝗮 𝘀𝗮𝗻𝘁𝗶𝗳𝗶𝗰𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼. O Deus Pai, “[…] 𝗻𝗼𝘀 𝗲𝘀𝗰𝗼𝗹𝗵𝗲𝘂, 𝗻𝗲𝗹𝗲, 𝗮𝗻𝘁𝗲𝘀 𝗱𝗮 𝗳𝘂𝗻𝗱𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗱𝗼 𝗺𝘂𝗻𝗱𝗼, 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝘀𝗲𝗿𝗺𝗼𝘀 𝘀𝗮𝗻𝘁𝗼𝘀 𝗲 𝗶𝗿𝗿𝗲𝗽𝗿𝗲𝗲𝗻𝘀𝗶́𝘃𝗲𝗶𝘀 𝗽𝗲𝗿𝗮𝗻𝘁𝗲 𝗲𝗹𝗲” (𝗘𝗳 𝟭. 𝟰). Noutro lugar, a Escritura afirma que: “𝗗𝗲𝘂𝘀 𝘃𝗼𝘀 𝗲𝘀𝗰𝗼𝗹𝗵𝗲𝘂 𝗱𝗲𝘀𝗱𝗲 𝗼 𝗽𝗿𝗶𝗻𝗰𝗶́𝗽𝗶𝗼 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝗮 𝘀𝗮𝗹𝘃𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼, 𝗽𝗲𝗹𝗮 𝘀𝗮𝗻𝘁𝗶𝗳𝗶𝗰𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗱𝗼 𝗘𝘀𝗽𝗶́𝗿𝗶𝘁𝗼 𝗲 𝗳𝗲́ 𝗻𝗮 𝘃𝗲𝗿𝗱𝗮𝗱𝗲” (𝟮𝗧𝘀 𝟮. 𝟭𝟯). Podemos falar sobre a eleição. Todavia, não podemos dissociar a convicção da comprovação, a qual acontece por intermédio da vida santa. A doutrina da eleição é adornada pela doutrina da santificação. O eleito salvo tem a obrigação de buscar a santidade. Com isso, a profissão doutrinária com a prática vence o exibicionismo.

𝗦𝗲𝗴𝘂𝗻𝗱𝗼, 𝗮 𝗲𝗹𝗲𝗶𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗲́ 𝗰𝗼𝗺𝗽𝗿𝗼𝘃𝗮𝗱𝗮 𝗽𝗲𝗹𝗮 𝗼𝗯𝗲𝗱𝗶𝗲̂𝗻𝗰𝗶𝗮. Pedro fala que fomos “𝗲𝗹𝗲𝗶𝘁𝗼𝘀, 𝘀𝗲𝗴𝘂𝗻𝗱𝗼 𝗮 𝗽𝗿𝗲𝘀𝗰𝗶𝗲̂𝗻𝗰𝗶𝗮 𝗱𝗲 𝗗𝗲𝘂𝘀 𝗣𝗮𝗶, 𝗲𝗺 𝘀𝗮𝗻𝘁𝗶𝗳𝗶𝗰𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗱𝗼 𝗘𝘀𝗽𝗶́𝗿𝗶𝘁𝗼, 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝗮 𝗼𝗯𝗲𝗱𝗶𝗲̂𝗻𝗰𝗶𝗮 […]” (𝟭𝗣𝗲 𝟭. 𝟮). A obediência é outra marca da eleição. Aquele que não leva os mandamentos a sério desdenha da doutrina da eleição. Paulo diz que: “[…] 𝗼 𝗺𝗶𝘀𝘁𝗲́𝗿𝗶𝗼 𝗴𝘂𝗮𝗿𝗱𝗮𝗱𝗼 𝗲𝗺 𝘀𝗶𝗹𝗲̂𝗻𝗰𝗶𝗼 𝗻𝗼𝘀 𝘁𝗲𝗺𝗽𝗼𝘀 𝗲𝘁𝗲𝗿𝗻𝗼𝘀, […] 𝘀𝗲 𝘁𝗼𝗿𝗻𝗼𝘂 𝗺𝗮𝗻𝗶𝗳𝗲𝘀𝘁𝗼 𝗲 𝗳𝗼𝗶 𝗱𝗮𝗱𝗼 𝗮 𝗰𝗼𝗻𝗵𝗲𝗰𝗲𝗿 𝗽𝗼𝗿 𝗺𝗲𝗶𝗼 𝗱𝗮𝘀 𝗘𝘀𝗰𝗿𝗶𝘁𝘂𝗿𝗮𝘀 𝗽𝗿𝗼𝗳𝗲́𝘁𝗶𝗰𝗮𝘀, 𝘀𝗲𝗴𝘂𝗻𝗱𝗼 𝗼 𝗺𝗮𝗻𝗱𝗮𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 𝗱𝗼 𝗗𝗲𝘂𝘀 𝗲𝘁𝗲𝗿𝗻𝗼, 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝗼𝗯𝗲𝗱𝗶𝗲̂𝗻𝗰𝗶𝗮 𝗽𝗼𝗿 𝗳𝗲́, 𝗲𝗻𝘁𝗿𝗲 𝘁𝗼𝗱𝗮𝘀 𝗮𝘀 𝗻𝗮𝗰̧𝗼̃𝗲𝘀” (𝗥𝗺 𝟭𝟲. 𝟮𝟲). Obedecer não é moralismo, mas uma credencial do cristianismo histórico. Não adianta dizer que é um eleito e viver como se Deus não existisse.

𝗧𝗲𝗿𝗰𝗲𝗶𝗿𝗼, 𝗮 𝗲𝗹𝗲𝗶𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗲́ 𝗰𝗼𝗺𝗽𝗿𝗼𝘃𝗮𝗱𝗮 𝗽𝗲𝗹𝗮𝘀 𝘃𝗶𝗿𝘁𝘂𝗱𝗲𝘀. “𝗥𝗲𝘃𝗲𝘀𝘁𝗶-𝘃𝗼𝘀, 𝗽𝗼𝗶𝘀, 𝗰𝗼𝗺𝗼 𝗲𝗹𝗲𝗶𝘁𝗼𝘀 𝗱𝗲 𝗗𝗲𝘂𝘀, 𝘀𝗮𝗻𝘁𝗼𝘀 𝗲 𝗮𝗺𝗮𝗱𝗼𝘀, 𝗱𝗲 𝘁𝗲𝗿𝗻𝗼𝘀 𝗮𝗳𝗲𝘁𝗼𝘀 𝗱𝗲 𝗺𝗶𝘀𝗲𝗿𝗶𝗰𝗼́𝗿𝗱𝗶𝗮, 𝗱𝗲 𝗯𝗼𝗻𝗱𝗮𝗱𝗲, 𝗱𝗲 𝗵𝘂𝗺𝗶𝗹𝗱𝗮𝗱𝗲, 𝗱𝗲 𝗺𝗮𝗻𝘀𝗶𝗱𝗮̃𝗼 𝗲 𝗱𝗲 𝗹𝗼𝗻𝗴𝗮𝗻𝗶𝗺𝗶𝗱𝗮𝗱𝗲” (𝗖𝗹 𝟯. 𝟭𝟮). O eleito salvo tem o dever de mostrar a sua nova vestimenta. A sua roupa agora tem outra etiqueta. Antes o rótulo era de uma velha vida sem Cristo, agora uma nova vida com Cristo, pautada pela santidade, pelo amor, pela humildade, pela mansidão, pela bondade e pela longanimidade. “𝗣𝗼𝗿 𝗶𝘀𝘀𝗼, 𝗶𝗿𝗺𝗮̃𝗼𝘀, 𝗽𝗿𝗼𝗰𝘂𝗿𝗮𝗶, 𝗰𝗼𝗺 𝗱𝗶𝗹𝗶𝗴𝗲̂𝗻𝗰𝗶𝗮 𝗰𝗮𝗱𝗮 𝘃𝗲𝘇 𝗺𝗮𝗶𝗼𝗿, 𝗰𝗼𝗻𝗳𝗶𝗿𝗺𝗮𝗿 𝗮 𝘃𝗼𝘀𝘀𝗮 𝘃𝗼𝗰𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗲 𝗲𝗹𝗲𝗶𝗰̧𝗮̃𝗼; 𝗽𝗼𝗿𝗾𝘂𝗮𝗻𝘁𝗼, 𝗽𝗿𝗼𝗰𝗲𝗱𝗲𝗻𝗱𝗼 𝗮𝘀𝘀𝗶𝗺, 𝗻𝗮̃𝗼 𝘁𝗿𝗼𝗽𝗲𝗰̧𝗮𝗿𝗲𝗶𝘀 𝗲𝗺 𝘁𝗲𝗺𝗽𝗼 𝗮𝗹𝗴𝘂𝗺” (𝟮𝗣𝗲 𝟭. 𝟭𝟬). Portanto, abandonemos o exibicionismo intelectual para comprovar a nossa eleição com as virtudes.

Intelectualismo exibicionista não leva ninguém a lugar algum, pelo contrário, ele tem tantas vezes mostrado o orgulho religioso de algumas pessoas ou de uma instituição. A doutrina da eleição, porém, tem servido ao longo da história da igreja como um instrumento para gerar humildade no coração do cristão. Veja como a doutrina do decreto eterno, a qual contempla a eleição, foi sistematizada:

“A doutrina deste alto mistério de predestinação deve ser tratada com especial prudência e cuidado, a fim de que os homens, atendendo à vontade de Deus, revelada em sua Palavra, e prestando obediência a ela, possam, pela evidência de sua vocação eficaz, certificar-se de sua eterna eleição. Assim, a todos os que sinceramente obedecem ao Evangelho, esta doutrina fornece motivo de louvor, reverência e admiração para com Deus, bem como de humildade, diligência e abundante consolação” (CFW, cap.3, par.😎.

De sorte que, sendo assim, a doutrina da eleição não deixa espaço para nenhum tipo de exibicionismo religioso nem doutrinário. Equivocam-se aqueles que se portam assim, porque a eleição promove a glória de Deus e gera humildade no coração do pecador salvo. Longe de nós todo ou qualquer exibicionismo doutrinário sem a insígnia da verdade. Que a nossa vida seja adornada pelas verdades que comprovam a nossa eleição.

𝗣𝗼𝗿: 𝗥𝗲𝘃. 𝗙𝗮𝗯𝗶𝗼 𝗛𝗲𝗻𝗿𝗶𝗾𝘂𝗲 𝗱𝗲 𝗝𝗲𝘀𝘂𝘀 𝗖𝗮𝗲𝘁𝗮𝗻𝗼 

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