IPGII

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Reforma um retorno às escrituras

No dia 31 de outubro de 2022 celebramos 505 anos da Reforma Protestante. Neste mesmo dia de 1517, ocorreu o fato que ficou conhecido: Martinho Lutero afixou as 95 teses na porta da catedral de Wittenberg. Por isso essa data foi tomada simbolicamente como o dia da Reforma.

A Reforma Protestante não foi um movimento que surgiu no século XVI trazendo uma nova doutrina. A Reforma, na verdade, foi um movimento de retorno às Escrituras Sagradas, uma volta à doutrina dos apóstolos. Enxergando os desvios doutrinários acumulados pela Igreja de Roma durante cerca de um milênio, homens se levantaram contra essas heresias. O intuito inicial deles era reformar a própria igreja romana. Mas, como não foram aceitos, preferiram abraçar as Escrituras a abraçar o romanismo, o que culminou no surgimento das chamadas igrejas reformadas.

A Escritura aponta para ela mesma como sendo a fonte de autoridade para a Igreja. Paulo diz que a Escritura é a Palavra de Deus, inspirada por Deus (𝟮𝗧𝗺 𝟯.𝟭𝟲). Pedro diz a mesma coisa, mostrando que Deus usou homens, movidos pelo Espírito Santo, para registrar a sua revelação (𝟮𝗣𝗲 𝟭.𝟮𝟬,𝟮𝟭). Jesus, orando ao Pai, pede para que os seus sejam santificados pela Palavra (𝗝𝗼 𝟭𝟳.𝟭𝟳), além de usar a própria Escritura como autoridade máxima para encerrar discussões. Os reformadores entenderam isso, se subtendo às Escrituras como a única fonte inerrante e infalível para o povo de Deus.

A Reforma começou como um retorno à Escritura, principalmente em questões soteriológicas e eclesiológicas, mas se estendeu para toda a vida cristã, moldando a cosmovisão como um todo. Este legado deve ser observado por nós que nos entitulamos reformados no século XXI, fazendo com que a expressão 𝘦𝘤𝘤𝘭𝘦𝘴𝘪𝘢 𝘳𝘦𝘧𝘰𝘳𝘮𝘢𝘵𝘢 𝘴𝘦𝘮𝘱𝘦𝘳 𝘳𝘦𝘧𝘰𝘳𝘮𝘢𝘯𝘥𝘢 𝘴𝘦𝘤𝘶𝘯𝘥𝘶𝘮 𝘷𝘦𝘳𝘣𝘶𝘮 𝘋𝘦i (a igreja reformada sempre se reformando segundo a Palavra de Deus) faça parte de nossa vida. Entendendo que a Reforma não é uma nova doutrina, mas um retorno à Escritura, precisamos sempre nos reavaliar segundo as Escrituras, já que nos classificamos como “reformados”. Ser reformado em nossos dias não diz respeito à adoção de costumes culturais dos reformadores dos séculos passados, mas à adoção dos princípios dos reformadores, do retorno às Escrituras no que diz respeito à doutrina e à vida.

Portanto, celebremos a Reforma vivendo o seu legado, abraçando as Escrituras como Palavra de Deus, suficiente para a salvação, e única regra de fé e prática para todos os aspectos da nossa vida. Vivendo assim, viveremos uma vida que exalta o nome do nosso Salvador Jesus Cristo, como viveram os reformadores retornando às Escrituras.

𝗣𝗼𝗿: 𝗥𝗲𝘃. 𝗟𝘂𝗰𝗶𝗮𝗻𝗼 𝗩𝗶𝗲𝗶𝗿𝗮 𝗥𝗶𝗯𝗲𝗶𝗿𝗼

plugins premium WordPress