IPGII

A Igreja que Precisamos Ser

Toda igreja precisa fazer um exercício avaliativo de sua história. Precisamos analisar que igreja fomos, como éramos, o que fazíamos e por que assim o fazíamos. Ainda enfatizamos que toda igreja precisa ter uma meta em sua dinâmica. O que queremos fazer, porque e como fazer e em quanto tempo será feito. Além disso, toda igreja precisa ter um desejo latente em seu coração. Devemos ansiar certas coisas porque são desejadas pelo Senhor. Devemos analisar que igreja temos sido até aqui para encontrar respostas que nos levem a ser a igreja que precisamos ser.

É sabido que a igreja, como corpo de Cristo, é um reflexo de cada membro que a compõe. Estamos pensando na igreja local, também chamada na teologia de igreja visível. Porém, para ser uma igreja vibrante, precisamos de um modelo para mirar. Todos precisamos de um protótipo para servir de referencial. Algumas vezes precisamos, mesmo, de princípios.

Quero tomar algumas passagens de Atos dos Apóstolos porque creio que podemos aprender muito com a igreja primitiva, para sermos a igreja que precisamos ser. Há dezenas de características que podemos destacar da igreja primitiva para apreendermos. Diga-se de passagem, que todas são relevantes, mas não temos tempo para elencar todas aqui. Por isso, aqui vão algumas características:

Primeiro, precisamos ser uma igreja de oração. Antes mesmo de ser revestida com o poder do alto, a igreja primitiva era uma igreja de oração. Lucas registra que: “Todos estes perseveravam unânimes em oração, com as mulheres, com Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos dele” (At 1. 14). Estava ali a liderança da igreja, mas também os liderados.

Havia naquela assembleia cerca de cento e vinte pessoas (At 1. 15). Aqueles irmãos e irmãs oravam de modo coletivo e perseverantemente. Ainda podemos dizer que oravam de modo unânime. A oração fazia parte da vida da igreja. Por isso, precisamos e desejamos ser uma igreja de oração.

Segundo, precisamos ser uma igreja ousada. Assim que o Espírito Santo foi derramado sobre aquela assembleia, a ousadia tornou-se parte da sua vivência na sociedade. O ambiente no qual a igreja estava era extremamente hostil.  Diz o texto que havia zombaria (At 1. 13). Porém, a ousadia pairava sobre as pessoas que compunham a igreja.

A ousadia era tão impactante que, quando Pedro abriu a boca, falou com toda intrepidez, dizendo: “Varões israelitas, atendei a estas palavras: Jesus, o Nazareno, varão aprovado por Deus diante de vós com milagres, prodígios e sinais […], vós o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos” (At 1. 22, 23). Precisamos ser uma igreja ousada em nossa geração, em nossa cidade. Todavia, lembremo-nos que para ser uma igreja ousada é preciso ser revestida com o poder do Espírito Santo.

Terceiro, precisamos ser uma igreja da Palavra. Precisamos ler e meditar na Palavra.  A igreja precisa viver a Palavra como a igreja primitiva fazia. Nossa vida precisa ser conduzida pela Palavra. Não podemos viver com base no que sentimos ou balizados no que achamos. Não mesmo! A nossa bússola deve ser a Palavra de Deus.

A igreja primitiva tem muito a ensinar nesse ponto. Ela se conduziu pela Palavra e pregou a Palavra. O primeiro sermão da igreja primitiva foi encharcado com a Palavra. Foi citação da Escritura do começo ao fim (At 2. 16-21, 25-28, 34, 35). Aquela igreja não apenas ouvira sobre a Palavra, mas era uma igreja que conhecia muito bem a Palavra. Uma igreja assim prega a Palavra. Ela não tem outra mensagem. O que tem para falar ao povo é extraído da Escritura. Por isso, precisamos ser uma igreja assim, também.

Quarto, precisamos ser uma igreja temente. Uma igreja da Palavra, consequentemente, é aquela que teme a Deus. Diz a Escritura que: “Em cada alma havia temor […]”. Aquela igreja caminhava “[…] no temor do Senhor […]” (At 9. 31). Os desafios eram muitos. O sistema hostil da religiosidade daquele contexto era bruto.

Aquela igreja temia a Deus. Ela não tinha medo do sistema, nem medo de sexta-feira treze, nem de gato preto, nem de chinelo virado, nem medo de sair de casa com o pé esquerdo. Não temia crendices pagãs. Não temia nem mesmo a morte. Ela temia ao Senhor Deus. Por isso, vivia uma vida santa. Pureza fazia parte de sua vida porque o temor leva os indivíduos a viver em santidade de vida. Igreja, precisamos ser, urgentemente, uma igreja que tema ao Senhor nosso Deus!

Quinto, precisamos ser uma igreja Grande e Pequena. A igreja primitiva era uma igreja Grande. Ela era Grande numericamente. A primeira recepção de membros foi contabilizada em quase três mil novos membros (At 2. 41). Depois o número subiu a quase cinco mil membros (At 4. 4). Aquela igreja era tão grande que se reunia no templo (At. 46).

Aquela igreja Grande também era uma igreja pequena. Assim como se reunia no templo também era uma igreja que se reunia de casa em casa. Uma igreja Grande tem os seus grandes encontros de celebrações que geralmente acontecem no Dia do Senhor. Todavia, também tem os seus encontros menores, onde os crentes têm a oportunidade de promover a edificação uns aos outros em suas casas.

Enquanto a igreja primitiva viveu assim, tal como descrito acima, ela experimentou um crescimento exponencial. Cremos que também podemos trilhar o mesmo caminho, não só trilhar, mas experimentar aquilo que ela experimentou, também. Por isso, não hesitamos em encorajar cada membro da IPGII.

Família IPGII, precisamos ser uma igreja de oração, uma igreja ousada, uma igreja da Palavra, uma igreja temente a Deus. Também queremos ser uma igreja Grande, mas também pequena. Já temos o modelo. Os princípios já nos foram legados. Agora, precisamos aplicar e cultivar em nossa vida diária o que aprendemos aqui.

Por: Rev. Fabio Henrique de Jesus Caetano
Pastor da IPGII – DF

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