Um ditado popular diz: “Afinal de contas, todos somos filhos de Deus!” Essa expressão popular, embora bem-intencionada, busca transmitir uma sensação de pertencimento e identidade. No entanto, à luz das Escrituras, precisamos ir além do senso comum e nos firmar na verdade revelada.
A Bíblia nos ensina que todos os seres humanos são criaturas de Deus, mas filhos, verdadeiramente, são apenas aqueles que foram feitos filhos por meio de Jesus Cristo. João escreve:
“Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto não o conheceu a Ele mesmo.” (1 João 3.1)
Se você crê em Jesus, então você é filho de Deus. Mas essa verdade tem impactado profundamente o seu coração? Conceitualmente, você compreende que, pela morte e ressurreição de Cristo, foi adotado na família de Deus. No entanto, convido você a refletir mais profundamente o que significa na prática ter Deus como Pai?
É possível que a sua compreensão da paternidade divina esteja sendo influenciada pela figura do seu pai terreno; alguém limitado, falho e que, em algum momento, pode tê-lo decepcionado. Essa projeção, ainda que inconsciente, pode distorcer a forma como você se relaciona com Deus.
Por isso, proponho um exercício espiritual: esvazie, por um momento, os conceitos terrenos de paternidade que você carrega, e contemple, à luz do Evangelho, a relação que Jesus tinha com o Pai celestial. Ao observar como Cristo se dirigia ao Pai com confiança, reverência, amor e entrega. Seu coração será redirecionado a viver como o filho que Deus o chamou para ser.
Que privilégio é ter como Pai o Todo-Poderoso, o Onisciente, o Onipresente, o Onipotente Deus! Que maravilha é saber que o único e verdadeiro Deus entregou seu Filho unigênito para te salvar, redimir, santificar e dar uma nova identidade.
Hoje, como filho de Deus, você carrega em si o selo da filiação divina. Nenhuma circunstância, seja a enfermidade, o desemprego, as crises econômicas, os desafios relacionais, nem mesmo governos ou autoridades podem revogar esse status que o próprio Deus lhe concedeu.
Alegre-se, portanto, por ter o melhor Pai do mundo!
Por: Licenciado Orlando Coutinho.
