IPGII

A Missão Foi Reconfirmada

Creio que as grandes cidades estão na mira da graça de Deus. O profeta Jonas recebeu de Deus uma ordem para pregar numa grande cidade. Assim diz a Escritura: “vai à grande cidade de Nínive” (Jn 1. 2). Mais tarde a mesma expressão é repetida: “vai à grande cidade de Nínive” (Jn 3. 2). Depois a narrativa prossegue dando uma explicação, dizendo: “Nínive era cidade mui importante diante de Deus” (Jn 3. 3). Deus tem como alvo as pessoas que vivem numa grande cidade.

Porém, no primeiro momento o profeta desprezou a ordem divina. Ele não quis pregar na grande cidade de Nínive. Jonas foi rebelde ao chamado de Deus. Ele fugiu. Foi numa direção completamente diferente daquela que havia recebido. Todavia, após se arrepender, o profeta foi incumbido para realizar a mesma missão, diríamos que a missão foi ratificada. Duas coisas são inegociáveis, são inseparáveis na missão: locomoção e proclamação.

Primeiro, a missão acontece quando existe a locomoção (Jn 3. 2). A Palavra de Deus afirma: “Dispõe, vai à grande cidade de Nínive […]” O Deus que envia para realizar a missão exige movimentação por parte de quem é enviado. A igreja é comissionada para ir. O Senhor diz: “Vai”. Não fomos chamados para ficarmos à espera de um povo. O ordinário não é que as pessoas venham até nós, mas o ordinário é que a igreja vá até as pessoas.

Querido leitor, o envio de um mensageiro a um povo malvado é uma grande demonstração da misericórdia de Deus. Não podemos ignorar as grandes cidades, porque nelas estão os eleitos de Deus que ainda precisam ouvir o evangelho. A ordem é clara: “Vai”, diz o Senhor. Vá aonde as pessoas estão. Vá para as grandes cidades. Vá a algum lugar, mas, por favor, não deixe de ir.

Segunda, a missão acontece quando existe a proclamação (Jn 3. 2). A Escritura é taxativa em dizer: “[…] proclama contra ela a mensagem que eu te digo”. O Deus que envia é o Deus que concede uma mensagem para ser anunciada. A mensagem a ser anunciada não é do mensageiro. O mensageiro é apenas o portador da mensagem.

A igreja precisa entender que o mensageiro não é enviado para anunciar a mensagem que pensa nem a mensagem que sente, mas a mensagem que recebe, a mensagem que foi revelada e dada pelo Senhor da missão. A mensagem é sempre daquele que envia o mensageiro, pois Ele sabe o que as pessoas precisam ouvir.

À medida que a narrativa prossegue vemos que tanto a locomoção quanto a proclamação estão unidas de modo inseparável. Jonas agora se movimenta e prega a mensagem de Deus. Veja o que diz a Escritura: “Levantou-se, pois, Jonas e foi a Nínive” (Jn 3. 3). A Bíblia diz ainda que: “Começou Jonas a percorrer a cidade […] e pregava […]” (Jn 3. 4). Ele se locomove e anuncia a mensagem que lhe foi dada. O profeta grita a plenos pulmões: “Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida” (Jn 3. 4). O profeta pregou a mensagem que recebeu.

A igreja não pode deixar de conciliar a locomoção com a pregação. Se a igreja prega mas não se move rumo às pessoas nada acontecerá. A pregação precisa chegar aonde estão as pessoas. Os apóstolos entenderam o que aqui estamos enfatizando, mas do que entenderam, eles obedeceram a ordem dada pelo Senhor Jesus. Eles agiam e pregavam. Se queremos avançar no cumprimento da missão, então precisamos ir e pregar.

Querido leitor, hoje é tempo de se dispor para obedecer a ordem daquele que se entregou na cruz. Agora é o tempo para obedecer ao Rei da glória. A oportunidade para agir obedientemente ao Senhor da história se chama hoje. Portanto, saia do seu comodismo agora mesmo. Não perca tempo, vá até alguém e pregue o evangelho. Mas, anuncie o evangelho com fidelidade, e deixe os resultados na esfera da atuação daquele que ressuscita os mortos. Que o Senhor nos ajude no cumprimento da missão. Amém!

Por: Rev Fabio Henrique de Jesus Caetano.
Pastor efetivo da IPGII