“Ó Vinde, fiéis, triunfantes, alegres… vinde a Belém!”

A narrativa dos magos do Oriente (provavelmente da Pérsia, Babilônia ou Arábia) é um dos capítulos mais luminosos das Escrituras. Eram sábios, astrólogos e conselheiros de reis, estrangeiros, não judeus. Homens vindos de longe, que tiveram suas vidas transformadas por um simples fato: uma luz rompeu o céu. Esse fato somente o Evangelista Mateus destaca.

Eles viram uma estrela diferente, não apenas um fenômeno astronômico, mas um sinal divino, que lhes mostrou que Deus estava agindo na história de modo definitivo.

Eles chegaram a Jerusalém com uma confissão que atravessa séculos: “Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo.” Mt 2.2. Esses homens não foram turistas espirituais. Eles não buscavam uma experiência religiosa passageira.
Eles vieram adorar, porque quando Deus se revela, a única resposta verdadeira é a adoração.

Séculos depois, o hino “Adeste Fideles” (“Ó Vinde, Fiéis”), composto no século XVIII, atribuído ao John Francis Wade (1711–1786) parece dialogar diretamente com o movimento dos magos. O hino é um chamado que ressoa através das gerações:

“Ó vinde, fiéis, triunfantes, alegres, sim, vinde a Belém, já movidos de amor! Nasceu vosso Rei, O Messias Prometido”.

O hino não chama os fortes, mas os fiéis, aqueles que mantêm o olhar no Salvador. Não chama os perfeitos, mas os que desejam ver o Rei.

Quando os magos finalmente chegaram à casa onde estava o Menino, não encontraram palácios nem coroas, mas a simplicidade divina revestida de humanidade. E ali, naquele ambiente humilde, eles reconheceram a grandeza do Salvador. O texto diz: “E, entrando na casa, viram o menino com Maria sua mãe, e, prostrando-se, o adoraram.” (Mt 2.11)

A adoração é sempre o destino final da fé verdadeira. Eles abriram seus tesouros, não porque Cristo precisasse deles, mas porque o coração que encontra Jesus naturalmente se rende, naturalmente oferta, naturalmente se curva diante da luz.

Que nesta semana possamos ouvir novamente o chamado que ecoa nos céus, na Palavra e nos cânticos da igreja: “Ó vinde, fiéis… vinde adorar o Rei.” Mantenha seus olhos em Jesus. Mantenha seu coração em movimento. Mantenha sua vida prostrada diante do Salvador. Que nossa confissão seja a mesma dos magos: “Vimos a Sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo.”

Pelo Sem. Ronelx Aguilar Villavicencio.