IPGII

Senhor, ensina-nos a orar

No evangelho de Lucas está registrado um pedido de um dos discípulos ao Senhor Jesus: “𝗦𝗲𝗻𝗵𝗼𝗿, 𝗲𝗻𝘀𝗶𝗻𝗮-𝗻𝗼𝘀 𝗮 𝗼𝗿𝗮𝗿 𝗰𝗼𝗺𝗼 𝘁𝗮𝗺𝗯𝗲́𝗺 𝗝𝗼𝗮̃𝗼 𝗲𝗻𝘀𝗶𝗻𝗼𝘂 𝗮𝗼𝘀 𝘀𝗲𝘂𝘀 𝗱𝗶𝘀𝗰𝗶́𝗽𝘂𝗹𝗼𝘀” 𝗟𝗰 𝟭𝟭.𝟭𝗯. Este também deve ser nosso desejo todos os dias.

Arthur W. Pink, ministro do evangelho da primeira metade do século XX, expressa com convicção algo que pode nos impactar, mas ele tem razão. Segundo Pink, nós pecamos mais em nossos esforços para orar do que em qualquer outra coisa que costumamos fazer. Nossas orações, muitas vezes, são carregadas de hipocrisia, de incredulidade e de exigências presunçosas. Pedimos perdão por pecados que ainda queremos e continuamos a cometer, pedimos coisas duvidando do poder de Deus, não nos submetemos à vontade do Senhor, mas queremos que ele faça a nossa. O Senhor nos alerta em sua palavra a respeito disso quando diz: “𝗣𝗲𝗱𝗶𝘀 𝗲 𝗻𝗮̃𝗼 𝗿𝗲𝗰𝗲𝗯𝗲𝗶𝘀, 𝗽𝗼𝗿𝗾𝘂𝗲 𝗽𝗲𝗱𝗶𝘀 𝗺𝗮𝗹, 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝗲𝘀𝗯𝗮𝗻𝗷𝗮𝗿𝗱𝗲𝘀 𝗲𝗺 𝘃𝗼𝘀𝘀𝗼𝘀 𝗽𝗿𝗮𝘇𝗲𝗿𝗲𝘀.” 𝗧𝗴 𝟰.𝟯.

Paulo, escrevendo aos romanos, mostra a consciência que nós também precisamos ter, só conseguimos orar por meio de Jesus no Espírito. Criamos um senso de capacitação que não temos em nós mesmos. Cremos que alguns sabem orar por causa de sua eloquência e nos sentimos constrangidos em orar em público porque nos julgamos simples. No final é tudo vaidade, tanto daquele que se acha orador perfeito, quanto daquele que sente vergonha, como se Deus atentasse para o grau de instrução ou nível de oratória de alguém. Somos fracos e incapacitados de orar como convém é isso que Paulo diz: “𝗧𝗮𝗺𝗯𝗲́𝗺 𝗼 𝗘𝘀𝗽𝗶́𝗿𝗶𝘁𝗼, 𝘀𝗲𝗺𝗲𝗹𝗵𝗮𝗻𝘁𝗲𝗺𝗲𝗻𝘁𝗲, 𝗻𝗼𝘀 𝗮𝘀𝘀𝗶𝘀𝘁𝗲 𝗲𝗺 𝗻𝗼𝘀𝘀𝗮 𝗳𝗿𝗮𝗾𝘂𝗲𝘇𝗮; 𝗽𝗼𝗿𝗾𝘂𝗲 𝗻𝗮̃𝗼 𝘀𝗮𝗯𝗲𝗺𝗼𝘀 𝗼𝗿𝗮𝗿 𝗰𝗼𝗺𝗼 𝗰𝗼𝗻𝘃𝗲́𝗺, 𝗺𝗮𝘀 𝗼 𝗺𝗲𝘀𝗺𝗼 𝗘𝘀𝗽𝗶́𝗿𝗶𝘁𝗼 𝗶𝗻𝘁𝗲𝗿𝗰𝗲𝗱𝗲 𝗽𝗼𝗿 𝗻𝗼́𝘀 𝘀𝗼𝗯𝗿𝗲𝗺𝗮𝗻𝗲𝗶𝗿𝗮, 𝗰𝗼𝗺 𝗴𝗲𝗺𝗶𝗱𝗼𝘀 𝗶𝗻𝗲𝘅𝗽𝗿𝗶𝗺𝗶́𝘃𝗲𝗶𝘀.” 𝗥𝗺 𝟴.𝟮𝟲. Isso humilha nossa carne, confronta nosso intelecto e despedaça nossa eloquência.

Nossa oração deve ser feita na capacitação do Espírito, por isso oramos em nome de Jesus. João observa em sua primeira carta: “𝗘 𝗲𝘀𝘁𝗮 𝗲́ 𝗮 𝗰𝗼𝗻𝗳𝗶𝗮𝗻𝗰̧𝗮 𝗾𝘂𝗲 𝘁𝗲𝗺𝗼𝘀 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝗰𝗼𝗺 𝗲𝗹𝗲: 𝗾𝘂𝗲, 𝘀𝗲 𝗽𝗲𝗱𝗶𝗿𝗺𝗼𝘀 𝗮𝗹𝗴𝘂𝗺𝗮 𝗰𝗼𝗶𝘀𝗮 𝘀𝗲𝗴𝘂𝗻𝗱𝗼 𝗮 𝘀𝘂𝗮 𝘃𝗼𝗻𝘁𝗮𝗱𝗲, 𝗲𝗹𝗲 𝗻𝗼𝘀 𝗼𝘂𝘃𝗲.” 𝟭𝗝𝗼 𝟱.𝟭𝟰. Isso significa que qualquer coisa pedida sem ser a vontade do Pai não será atendida, pois, muitas vezes, é acompanhada da nossa presunção.

Portanto, clamemos como aquele discípulo, pedindo: Senhor, ensina-nos a orar. Pois quando fazemos assim somos fortalecidos e impulsionados pelo Espírito a orar segundo a vontade de Deus. Que Deus nos abençoe!

𝗣𝗼𝗿: 𝗥𝗲𝘃. 𝗥𝗼𝗯𝘀𝗼𝗻 𝗟𝘂𝗶𝘇 𝗦𝗶𝗹𝘃𝗮 𝗱𝗼𝘀 𝗥𝗲𝗶𝘀

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