IPGII

O Mal Que Habita em Nós

“Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” (Jr 17.9)

Existe um mal que habita nossa carne, Paulo já alertava os romanos sobre isso. Esse mal milita contra o espírito, e se não cuidarmos, nos cega, nos ensurdece e nos paralisa. Esse mal é o pecado. Para os que não são de Cristo esse mal domina e escraviza. Para os remidos em Cristo, ainda que não mais escravizados, é preciso cuidado, pois não estamos isentos de cairmos, ainda convivemos com esse mal e só o vencemos no poder de Cristo.

Nossos primeiros pais foram avisados sobre esse mal e suas consequências. Se desobedecessem, a consequência seria a morte. Mesmo assim, Adão e Eva decidiram pecar, e como nossos representantes federais, todos nós, seus descendentes, nascemos em pecado e sob a ira de Deus.

Nosso pecado tem consequências que muitas vezes não damos importância. Estamos tão focados no que queremos que esquecemos suas consequências. Entretanto, elas chegam e seu desfecho é amargo. Essas consequências podem nos acompanhar por um longo período ou, até mesmo, para o resto da vida. Ainda que haja arrependimento e confissão do pecado.

Mas recebemos consolo ao saber que Deus, graciosamente, olhando para a nossa condição de miseráveis e nos amando, enviou seu Filho para que pudéssemos ser reconciliados com ele. Por causa de Cristo temos a esperança de que as consequências do pecado terão um fim. Que todo sofrimento produzido pelo pecado tem prazo de validade.

Se o pecado estava escrito de maneira que o homem não podia apagar, Cristo apagou com seu sangue e escreveu está pago.

Mas o pecado age de forma sutil, muitas vezes chega como algo lícito e bom, e quando damos conta já estamos envolvidos por esse mal. Então, agimos de forma egocêntrica. Queremos tanto algo, que abrimos mão do que é verdadeiro e seguro e corremos atrás do que é falso e traiçoeiro. Agimos como um tolo. Essa é a ação do pecado. Quando o mal que habita em nós age de forma radical, entramos no modo “custe o que custar”. Aí colocamos em dúvida o que cremos e buscamos o que vemos.

O Senhor nos mostra o caminho do conserto. A nossa confiança precisa estar no Senhor. É preciso olhar para Jesus. Ele é a redenção prometida. Ele agiu com obediência em todo tempo, até a morte. Passou pelas mesmas circunstâncias que todos nós, sem pecar. Para que nele pudéssemos ser fortalecidos e dizer não a nós mesmos, não as práticas pecaminosas, e segui-lo.

Olhando para as palavras de Deus através do profeta Jeremias no início desta pastoral, encontramos de onde vem este mal, do coração. O Senhor Jesus nos ensina isto, que é do coração que procedem as maiores atrocidades do homem: “porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituições, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias” (Mt15.19)

Portanto, existe um antídoto para esse mal que habita em nós. Ele é Jesus Cristo. Jesus nos regenera o coração e o santifica. Ele transforma um coração orgulhoso em um coração humilde. Um coração idólatra em um coração adorador. Um coração cheio de mágoas e angústias em um coração perdoador e esperançoso. Ele nos direciona em sua palavra para não pecarmos contra ele.

Pode ser que até este exato momento você não deu conta de como o pecado tem dominado você. De como esta história de “seguir o coração” é contrária as Escrituras. O Senhor te chama hoje a confiar nele e não permitir que o pecado te escravize.

Que Jesus te abençoe!

Por: Rev. Robson Luiz Silva dos Reis

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