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Eu Amo a Mensagem da Cruz

Na história da igreja, o teólogo medieval, Anselmo de Cantuária, fez uma pergunta importante: “Por que Deus se tornou homem?”. Alguns séculos depois, o pregador inglês, Martyn Lloyd-Jones, perguntaria: “Por que Cristo morreu?”. São perguntas que nos remetem à verdade axial da fé cristã: a cruz. Por quê a cruz? Entender isso é compreender que a cruz de Cristo é o cerne da fé cristã. A cruz de Cristo é o coração do evangelho. O cristão precisa entender de uma vez por toda que sem a cruz de Cristo não há salvação. Por isso, digo: “eu amo a mensagem da cruz”. Algumas verdades que precisamos saber sobre a cruz de Cristo. Verdades que precisamos relembrar sobre a cruz de Cristo.
Em primeiro lugar, a cruz não foi uma fatalidade. As profecias ressaltam que a cruz sempre fez parte do plano de salvação. Desde o início, o Senhor Jesus tinha consciência que a cruz apareceria em seu caminho. Foi o próprio Senhor Jesus quem afirmou: “Assim está escrito que o Cristo havia de padecer” (Lc 24. 46). Jesus Cristo, como o segundo Adão, precisaria viver, fazer e ir para a cruz como substituto de infratores. Ele precisou ser “[…] obediente até à morte e morte de cruz” (Fp 2. 8). Logo, a cruz não foi um acidente nem uma fatalidade na história do Filho de Deus, pelo contrário, a cruz foi a solução divina para livrar pecadores da ira vindoura. Os infratores precisam ser punidos. Portanto, a cruz seria inevitável, ela foi o instrumento escolhido para punir o nosso pecado em nosso substituto, porque a lei clama por justiça. Por isso, digo: “eu amo a mensagem da cruz”.
Em segundo lugar, a cruz mostra que o pecado foi tratado de modo severo. A encarnação do Filho de Deus é uma clara demonstração de humilhação, assim como de sofrimento. O Filho de Deus teve que se tornar gente como a gente. A Epístola aos Hebreus traz uma mensagem importantíssima sobre a verdade aqui citada. Assim diz o texto santo: “Por isso, ao entrar no mundo, diz: Sacrifícios e oferta não quiseste; antes, um corpo me formaste; não te deleitaste com holocaustos e ofertas pelo pecado” (Hb 10. 5, 6). Ele teve que se encarnar (Jo 1. 14). A verdade da encarnação aqui mostra que um corpo foi formado. Um corpo semelhante ao nosso de carne, que tinha tendão e osso. Por quê? Porque ele precisa ser homem, para viver como homem, para sentir o que o homem sente. Para que o pecado fosse punido a contento, Jesus teria que sofrer na carne e na alma. Ele sofreu a dor física. Sofreu também na alma ao ser abandonado na cruz. Jesus teve que sofrer as nossas dores, teve que levar as nossas enfermidades e teve que enfrentar o castigo que nos traz a paz. A cruz mostra que o pecado não foi tolerado pelo Pai. A cruz revela que o pecado é tratado de modo severo. Para não sermos punidos pelo Deus santo e justo, Jesus teve que ser crucificado. Ah, por isso, digo: “eu amo a mensagem da cruz”.
Em terceiro lugar, a cruz foi o instrumento usado para realizar a nossa reconciliação. O homem nasce em pecado. Porque nasce pecador, logo encontra-se em franca rebelião com o seu Criador. Sua condição é condição de inimizade. A um ser belicoso e rebelde, inimigo e infrator, aprove a Deus amá-lo. Diante disso, para reconciliar o homem consigo mesmo, Deus teve que enviar o seu Filho para morrer numa cruz sangrenta, a fim de expiar o nosso pecado, pois somente assim, haveria de consumar a nossa redenção. A cruz foi o instrumento por meio do qual houve a junção do amor e da justiça de Deus. Veja as duas verdades:
Primeiro, a nossa reconciliação contempla o fato de ter Cristo morrido na cruz no lugar de inimigos de Deus como prova incontestável do seu amor. O texto santo diz: “Mas Deus prova o seu amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores”. Noutro lugar afirma: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3. 16).
Segundo, a nossa reconciliação, não apenas escancara o grande amor de Deus, mas também a sua justiça eterna. Assim está escrito: “a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixando impunes os pecados anteriormente cometidos; TENDO em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele ser justo e justificador daquele que tem fé em Jesus” (Rm 3. 25, 26). Jesus foi para cruz como mediador, porque assim haveria de reconciliar os inimigos.
Concluo com a mensagem da Escritura, a qual diz, que, afinal, “[…] Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo” (2Co 5. 19). “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele fôssemos feitos justiça de Deus” (2Co 5. 21). e diz mais: “e que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus” (Cl 1. 20). A cruz foi o instrumento, Cristo foi o nosso substituto. Por isso, digo: “eu amo a mensagem da cruz”. E você, também ama a mensagem da cruz?
Por: Rev. Fabio Henrique de Jesus Caetano
Igreja Presbiteriana do Guará II

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