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Como enfrentar o desafio

Todos sabemos que cada novo ano que recebemos também vem acompanhado com uma boa dose de expectativa, o que é bom, mas também vem a reboque novos desafios. A vida é assim mesmo. Ela é marcada por desafios o tempo todo. Mudar de cidade é algo desafiador. Casar, começar um curso novo, também. Mudar de profissão ou receber uma promoção no emprego é igualmente desafiante. Quando há mudança de gestão pública, então, aí o sarrafo fica mais alto ainda.

São muitos os desafios que estão diante da nossa vida. Portanto, sem sombra de dúvida, a chegada de 2023 vem acompanhada por um multifacetado contratempo. Aqui quero apresentar duas dicas de como devemos enfrentar o desafio. Com toda certeza existem outras, mas entendo que essas são axiais:

Primeiro, com realismo. Os homens que Deus levantou ao longo da história jamais foram fantasiosos com o momento no qual estavam vivendo. Inclusive, a situação em muitos casos até gerava tristeza e produzia abatimento no coração. Por exemplo, foi assim com Neemias. Tão logo recebeu a informação de como estava o seu povo e a sua cidade (𝗡𝗲 𝟭. 𝟯), a tristeza ficou estampada em sua face. Leia o que Neemias disse: “[…] 𝗼𝗿𝗮, 𝗲𝘂 𝗻𝘂𝗻𝗰𝗮 𝗮𝗻𝘁𝗲𝘀 𝗲𝘀𝘁𝗶𝘃𝗲 𝘁𝗿𝗶𝘀𝘁𝗲 𝗱𝗶𝗮𝗻𝘁𝗲 𝗱𝗲𝗹𝗲. 𝗢 𝗿𝗲𝗶 𝗺𝗲 𝗱𝗶𝘀𝘀𝗲: 𝗽𝗼𝗿 𝗾𝘂𝗲 𝗲𝘀𝘁𝗮́ 𝘁𝗿𝗶𝘀𝘁𝗲 𝗼 𝘁𝗲𝘂 𝗿𝗼𝘀𝘁𝗼, 𝘀𝗲 𝗻𝗮̃𝗼 𝗲𝘀𝘁𝗮́𝘀 𝗱𝗼𝗲𝗻𝘁𝗲? 𝗧𝗲𝗺 𝗱𝗲 𝘀𝗲𝗿 𝘁𝗿𝗶𝘀𝘁𝗲𝘇𝗮 𝗱𝗼 𝗰𝗼𝗿𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼” (𝗡𝗲 𝟭. 𝟭, 𝟮). Neemias não podia fazer de conta que a situação não era caótica nem que isso o afetava. Não dava para ignorar a informação nem o fato. Diante disso, tinha mesmo que ser realista, porque o realista tem fôlego para orar fervorosamente. Foi o que Neemias fez com persistência, choro e confiança.

Igreja, não devemos romantizar o quadro atual. Os dias são maus. Os prognósticos no campo da política não são bons nem animadores. O moral da nação brasileira está em baixa. Na economia, então, nem se fala. A temperatura nessa área tem oscilado toda vez que o presidente eleito faz declarações polêmicas envolvendo questões sócio-econômicas. O mercado financeiro está inseguro. A coisa não é boa. Porém, mesmo diante disso, como povo de Deus, temos o dever de encarar o “novo” com confiança. Não sejamos negacionistas, porque os fatos e a situação mostram a complexidade vigente. Não entremos em pânico nem confiemos na força de nosso braço. Saibamos que ser realista elimina o romantismo tosco. Além disso, o ser realista gera dependência de Deus. Encarar as coisas como de fato são faz com que a situação não seja ignorada, mas também não seja endeusada. Realistas, sim; desesperançosos, jamais.

Segundo, com otimismo. A Bíblia narra que quando os espias enviados por Josué voltaram, dez trouxeram um relatório pessimista. A fala deles foi contundente. Disseram: “𝗡𝗮̃𝗼 𝗽𝗼𝗱𝗲𝗿𝗲𝗺𝗼𝘀 𝘀𝘂𝗯𝗶𝗿 𝗰𝗼𝗻𝘁𝗿𝗮 𝗮𝗾𝘂𝗲𝗹𝗲 𝗽𝗼𝘃𝗼, 𝗽𝗼𝗿𝗾𝘂𝗲 𝗲́ 𝗺𝗮𝗶𝘀 𝗳𝗼𝗿𝘁𝗲 𝗱𝗼 𝗾𝘂𝗲 𝗻𝗼́𝘀” (𝗡𝗺 𝟭𝟯. 𝟯𝟭). Diante daquilo que viram não conseguiram manter o coração nutrido pela promessa divina nem conseguiram animar o povo em face do desafio que se avizinhava. Entretanto, eis que surgem dois homens alimentados pelo que Deus havia prometido, Josué e Calebe.

O tom da fala daqueles dois líderes citados é completamente diferente. Eles disseram: “𝗔 𝘁𝗲𝗿𝗿𝗮 𝗽𝗲𝗹𝗼 𝗺𝗲𝗶𝗼 𝗱𝗮 𝗾𝘂𝗮𝗹 𝗽𝗮𝘀𝘀𝗮𝗺𝗼𝘀 𝗮 𝗲𝘀𝗽𝗶𝗮𝗿 𝗲́ 𝘂𝗺𝗮 𝘁𝗲𝗿𝗿𝗮 𝗺𝘂𝗶𝘁𝗶́𝘀𝘀𝗶𝗺𝗼 𝗯𝗼𝗮. 𝗦𝗲 𝗼 𝗦𝗘𝗡𝗛𝗢𝗥 𝘀𝗲 𝗮𝗴𝗿𝗮𝗱𝗮𝗿 𝗱𝗲 𝗻𝗼́𝘀, 𝗲𝗻𝘁𝗮̃𝗼, 𝗻𝗼𝘀 𝗳𝗮𝗿𝗮́ 𝗲𝗻𝘁𝗿𝗮𝗿 𝗻𝗲𝘀𝘀𝗮 𝘁𝗲𝗿𝗿𝗮 𝗲 𝗻𝗼-𝗹𝗮 𝗱𝗮𝗿𝗮́, 𝘁𝗲𝗿𝗿𝗮 𝗾𝘂𝗲 𝗺𝗮𝗻𝗮 𝗹𝗲𝗶𝘁𝗲 𝗲 𝗺𝗲𝗹. 𝗧𝗮̃𝗼 𝘀𝗼𝗺𝗲𝗻𝘁𝗲 𝗻𝗮̃𝗼 𝘀𝗲𝗷𝗮𝗶𝘀 𝗿𝗲𝗯𝗲𝗹𝗱𝗲𝘀 𝗰𝗼𝗻𝘁𝗿𝗮 𝗼 𝗦𝗘𝗡𝗛𝗢𝗥 𝗲 𝗻𝗮̃𝗼 𝘁𝗲𝗺𝗮𝗶𝘀 𝗼 𝗽𝗼𝘃𝗼 𝗱𝗲𝘀𝘀𝗮 𝘁𝗲𝗿𝗿𝗮, 𝗽𝗼𝗿𝗾𝘂𝗮𝗻𝘁𝗼, 𝗰𝗼𝗺𝗼 𝗽𝗮̃𝗼, 𝗼𝘀 𝗽𝗼𝗱𝗲𝗺𝗼𝘀 𝗱𝗲𝘃𝗼𝗿𝗮𝗿; 𝗿𝗲𝘁𝗶𝗿𝗼𝘂-𝘀𝗲 𝗱𝗲𝗹𝗲𝘀 𝗼 𝘀𝗲𝘂 𝗮𝗺𝗽𝗮𝗿𝗼; 𝗼 𝗦𝗘𝗡𝗛𝗢𝗥 𝗲́ 𝗰𝗼𝗻𝗼𝘀𝗰𝗼; 𝗻𝗮̃𝗼 𝗼𝘀 𝘁𝗲𝗺𝗮𝗶𝘀” (𝗡𝗺 𝟭𝟰. 𝟳-𝟵). O otimismo desses dois homens de Deus não era alimentado pelo que se via, pelo contrário, mas por aquilo que ouviram como promessa do Deus fiel. Era isso que os animava.

Veja bem, o realismo daquilo que vemos não pode ser um fator gerador de pessimismo nem de otimismo romântico. Sabemos que a realidade do presente século é assim mesmo, não é nada boa. Sabemos que os portadores de más notícias estão por toda parte. Sabemos que aqueles que vaticinam o caos falam de modo incansável. Eles bombardeiam a mente do povo o tempo inteiro. Todo o conjunto de fatos, rumores e informações tendem a mobilizar o povo e criar um pânico social. Muita gente não sabe como lidar com o desafio do novo ano, já começam com a alma adoecida. Não são poucos os que estão amedrontados, angustiados e desesperançados. As incertezas têm sido companheiras de muitas pessoas. No entanto, não podemos dar ouvidos aos agoureiros de plantão.

O remédio para iniciar o ano com o coração encharcado de otimismo é a esperança com a qual fomos alcançados. “𝗣𝗼𝗿𝗾𝘂𝗲, 𝗻𝗮 𝗲𝘀𝗽𝗲𝗿𝗮𝗻𝗰̧𝗮, 𝗳𝗼𝗺𝗼𝘀 𝘀𝗮𝗹𝘃𝗼𝘀. 𝗢𝗿𝗮, 𝗲𝘀𝗽𝗲𝗿𝗮𝗻𝗰̧𝗮 𝗾𝘂𝗲 𝘀𝗲 𝘃𝗲̂ 𝗻𝗮̃𝗼 𝗲́ 𝗲𝘀𝗽𝗲𝗿𝗮𝗻𝗰̧𝗮; 𝗽𝗼𝗶𝘀 𝗼 𝗾𝘂𝗲 𝗮𝗹𝗴𝘂𝗲́𝗺 𝘃𝗲̂, 𝗰𝗼𝗺𝗼 𝗼 𝗲𝘀𝗽𝗲𝗿𝗮? 𝗠𝗮𝘀, 𝘀𝗲 𝗲𝘀𝗽𝗲𝗿𝗮𝗺𝗼𝘀 𝗼 𝗾𝘂𝗲 𝗻𝗮̃𝗼 𝘃𝗲𝗺𝗼𝘀, 𝗰𝗼𝗺 𝗽𝗮𝗰𝗶𝗲̂𝗻𝗰𝗶𝗮 𝗼 𝗮𝗴𝘂𝗮𝗿𝗱𝗮𝗺𝗼𝘀” (𝗥𝗺 𝟴. 𝟮𝟰, 𝟮𝟱). Ao invés da incerteza, tenha fé. Ao invés do medo, tenha coragem. Ao invés da desesperança, tenha esperança. Deixe o texto santo fortalecer o seu coração e a sua confiança. Ele diz: “𝗘 𝗼 𝗺𝗲𝘂 𝗗𝗲𝘂𝘀, 𝘀𝗲𝗴𝘂𝗻𝗱𝗼 𝗮 𝘀𝘂𝗮 𝗿𝗶𝗾𝘂𝗲𝘇𝗮 𝗲𝗺 𝗴𝗹𝗼́𝗿𝗶𝗮, 𝗵𝗮́ 𝗱𝗲 𝘀𝘂𝗽𝗿𝗶𝗿, 𝗲𝗺 𝗖𝗿𝗶𝘀𝘁𝗼 𝗝𝗲𝘀𝘂𝘀, 𝗰𝗮𝗱𝗮 𝘂𝗺𝗮 𝗱𝗲 𝘃𝗼𝘀𝘀𝗮𝘀 𝗻𝗲𝗰𝗲𝘀𝘀𝗶𝗱𝗮𝗱𝗲𝘀” (𝗙𝗽 𝟰. 𝟭𝟵). O cenário hodierno não deve ser desprezado. Todavia, não guiamos a nossa vida pelo que vemos. Simplesmente confie, porque o Senhor Deus reina!

Família IPGII, Feliz Ano Novo!

𝗥𝗲𝘃. 𝗙𝗮𝗯𝗶𝗼 𝗛𝗲𝗻𝗿𝗶𝗾𝘂𝗲 𝗱𝗲 𝗝𝗲𝘀𝘂𝘀 𝗖𝗮𝗲𝘁𝗮𝗻𝗼

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