IPGII

A morte da verdade absoluta

O relativismo é apontado como a marca mais evidente do mundo pós-moderno. Nele os conjuntos de valores que determinam o que é certo e errado são construídos pelo próprio indivíduo e para si mesmo. Ele sustenta que
não existe qualquer referencial de verdade universal e absoluta. Sendo assim, até mesmo a Palavra de Deus deixa de ser, para o relativista, algo absoluto e eterno.

Com a relativização dos valores morais, sociais e religiosos abre-se espaço para que novos modelos de princípios sejam aceitos. A causa disso é que os comportamentos conflitantes deixam de ter o padrão de certo ou de errado, mas são apenas comportamentos. Dessa forma ninguém está errado.

Entretanto, o fato de se afirmar não haver mais absolutos gera um problema lógico para o relativismo, pois essa afirmação passa a ter caráter universal, o que significa que ela é aplicável a todos sendo uma certeza absoluta. Então, a sustentação da inexistência de absolutos gera o estabelecimento de um absoluto e faz negar a afirmativa (de caráter universal)* de que não há absolutos.

O relativismo tem gerado um imenso desafio ao modo de vida dos cristãos, principalmente, porque estes são guiados pela Palavra de Deus, que é absoluta. No entanto, nesse tempo de relativismo em que os meios de comunicação têm transmitido os valores desta filosofia com toda força, alguns cristãos, levados pela sua pecaminosidade, aderem a esses valores. Mas a Bíblia é quem guia, ou deve guiar, absolutamente como o cristão precisa viver, se ela passa a ser vista como apenas mais uma verdade, então, não há motivos para seguir suas prescrições.

Esse problema desencadeia uma situação disciplinar grave, pois se a Palavra de Deus não é mais verdade absoluta, os pecados nela mostrados também deixam de ser absolutos. Assim sendo, não há mais disciplina porque não há erro; se não há erro também não há arrependimento; se não há arrependimento não pode haver uma vida de adoração sincera a Deus. Isso implica até mesmo na salvação, porque como a pessoa pode ser salva sem o reconhecimento e arrependimento dos seus pecados? Viver pelas regras ou falta de regras do relativismo é amar o mundo e aquele que ama o mundo não ama a Deus (𝗜 𝗝𝗼.𝟮.𝟭𝟱-𝟭𝟳).

Portanto, a tarefa do cristão, para que o seu modo de vida santo para o Senhor não seja invadido e deturpado pelo relativismo, é não vacilar diante dessa oposição à fé cristã. O cristão é advertido por Jesus de que a Palavra de Deus é a verdade (𝗝𝗼 𝟭𝟳.𝟭𝟳). Esta posição mostra que conhecer a Deus é essencialmente relevante, e esta relevância está ligada ao fato de entender que a criação divina move o homem a compreender sua condição como ser dependente. A Bíblia é a única regra de fé e prática do crente, a Verdade Absoluta, e é com ela que o crente vence o desafio contra o relativismo. “𝗘 𝗰𝗼𝗻𝗵𝗲𝗰𝗲𝗿𝗲𝗶𝘀 𝗮 𝘃𝗲𝗿𝗱𝗮𝗱𝗲 𝗲 𝗮 𝘃𝗲𝗿𝗱𝗮𝗱𝗲 𝘃𝗼𝘀 𝗹𝗶𝗯𝗲𝗿𝘁𝗮𝗿𝗮́” (𝗝𝗼 𝟴.𝟯𝟮).

𝗣𝗼𝗿: 𝗥𝗲𝘃. 𝗥𝗼𝗯𝘀𝗼𝗻 𝗟𝘂𝗶𝘇 𝗦𝗶𝗹𝘃𝗮 𝗱𝗼𝘀 𝗥𝗲𝗶𝘀

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